AS CORES DO ANO CRISTÃO
A proclamação da Igreja não está restrita apenas à sua comunicação verbal. A arquitetura do santuário, a disposição dos fiéis e dos ministros eclesiásticos no templo, os símbolos e os gestos usados no culto cristão, todos esses elementos não-verbais fazem parte da nossa proclamação também.
Historicamente a Igreja tem coordenado a sua comunicação não-verbal com o acompanhamento do ano litúrgico, que compreende quatro ciclos: o Ciclo do Natal (começando com a época do Advento, que anuncia a chegada do Messias, até a celebração do Batismo do Senhor), o 1o. Ciclo do Tempo Comum (que enfatiza o anúncio do Reino de Deus desde a segunda-feira após o Batismo do Senhor até a véspera da Quarta-Feira de Cinzas), o Ciclo da Páscoa (que comemora a morte e ressurreição do Nosso Senhor, começando com a Quarta-Feira de Cinzas, passando pela Quaresma e Domingo da Ressurreição até o dia de Pentecostes) e o 2º Ciclo do Tempo Comum (que enfatiza a vivência do Reino de Deus, observado desde o dia de Pentecostes até o período do Advento, que começa no primeiro dos quatro domingos que antecedem o dia do Natal).
Cada um dos ciclos do ano litúrgico cristão é simbolizado por uma cor diferente do ambão (veja o texto anterior).
Branco e a cor de ouro simbolizam a Divindade, luz, glória, alegria e vitória. Estas cores são usadas para celebrar a obra redentora de Cristo no Natal, no Domingo de Páscoa e na Ascensão do Senhor.
Vermelho é símbolo do fogo e do sangue dos mártires, usado nas celebrações do Espírito Santo como o dia de Pentecostes.
Roxo ou lilás caracterizam as épocas do ano cristão dedicadas à reflexão, arrependimento e preparação, como o Advento e a Quaresma.
Verde é a cor da natureza, da vida e do crescimento e é usado ao longo dos ciclos do Tempo Comum por ser uma cor que denota estabilidade e constância.
Preto denota a morte e o luto e é usado na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira da Paixão.
O uso dessas cores, ao longo do ano cristão, nos ajuda a trazer à memória continuamente as etapas da vida do Nosso Senhor Jesus Cristo e as diversas maneiras como o Deus Trino – Pai, Filho e Espírito Santo – tem agido na história para nos resgatar e nos transformar de glória em glória à sua imagem e semelhança.